25 de novembro de 2010

Dos afetos

Carência, vontade, ardência. Não necessariamente nessa ordem.

24 de novembro de 2010

Constatação 6

A vida é um monte de ilusões encadeadas em uma sucessão de inutilidades.

Das incertezas e das necessidades de um ano que está logo ali

Novembro já está quase no fim. E por isso, já vemos as luzinhas de natal e as promoções para passar um reveillon em alguma praia com queima de fogos. E, mesmo que mude alguns números no fim do calendário e o seu aniversário caia em outro dia da semana, tudo continuará igual. Ok, talvez nem tudo. Você pode dá um “tapa” no visual pintando o cabelo, trocar de perfume, descobrir novas músicas ou fazer uma mudança mais radical, como trocar de nome ou de país. Porém, no fim de uma semana ou do mês, tudo se adapta e você volta para a cansativa rotina. Com isso, nada escrito nesse texto é novidade (o título deixa isso bem claro). Mas, como gosto de listas (sei que é bobo essa coisa de resoluções de ano novo que só servem para a gente ficar mais frustrada com o desenrolar da nossa vida), resolvi pautar aqui as minhas incertezas futuras (e, por que não presentes?) e o que eu quero em 2011 (sempre gostei mais de anos ímpares, não sei o motivo).
Quero mais descanso. Dormir mais e ter tempo para assistir mais filmes. Ler minha coleção de livros e outros que estão em uma lista já muito empoeirada pelo tempo. Quero não ter um ataque fulminante por causa da monografia. Irei terminar o curso de jornalismo? Queria mais dinheiro, estou cansada de ser uma pobre universitária pobre. Conhecer mais a noite, o dia, as tardes de todas as estações (ui, romântica!). Mais casos, paixões e quem sabe um namorado. Será que o coração será mais feliz no futuro vindouro? Muita música. Shows em BH: terei companhia, grana e tempo para vê-los? Eu queria menos confusão, mais simplicidade, em mim, nas pessoas que convivem comigo, no mundo (temos que ter audácia e esperança, né?). Despreocupar com coisas mínimas. Pregar uma lista no meu espelho com todas as coisas ínfimas que me irritam e mentalizar: isso é tão idiota que não vou me importar mais. Sorrir, sorrir e sorrir. Chorar apenas de felicidade e na TPM (nesse período é liberado). Comer menos, malhar mais. Conseguirei me manter na academia e largar o chocolate? Pouco provável. Deixar de ser estagiária e encontrar um emprego na minha área que assine a carteira. Será assim, tão impossível? Manter o blog (manter o blog?). Abraçar muito: mãe, tios, irmão, avós, primos, amigos, oportunidades, sonhos e conquistas, sejam elas grandes ou pequenas. Cuidar da saúde e continuar tratamentos, como os dermatológicos. Terei coragem para extrair os meus dois sisos restantes? Usar a internet para coisas mais úteis. Vou aumentar as minhas horas em frente ao computador? (Pow, passo mais de oito horas em frente dessa joça!). Ser mais independente e decidida. (Ri alto com essa parte). Rir mais dos meus erros, de mim, continuar sendo irônica comigo mesma, mas ainda assim sorrindo (é de graça =D). Gritar menos, ouvir mais e, quando necessário, fingir que não ouvi e que não falaram comigo. Falar coisas boas, pensar coisas boas. Pensamentos impublicáveis aqui só quando bater o mindinho do pé na quina de um móvel (dói para caramba). Ter sonhos malucos (e praticar alguns deles, por que não?) e ter sonhos que nos fazem querer dormir por horas a fio, e quando acordar, querer voltar neles. Cantar alto, no trabalho, debaixo do chuveiro ou andando na rua. Inventar músicas. Esquecer: as brigas, as mágoas e as horas olhando o céu, seja com a presença do sol ou da lua. Perdoar é fácil? Relaxar e me divertir, pode ser tomando um sorvete a tarde sozinha ou visitando uma amiga. Reclamar menos, mesmo quando eu perder o ônibus a um quarteirão de distância do ponto (aí, ele só vai passar de novo meia hora depois e eu fico mofando). Até mesmo quando for injustiçada? Esperar a hora certa de expor o que eu penso e de calar. E as vozes dentro da minha mente ficaram em silêncio? Olhar mais perto, olhar para dentro, de mim e dos outros. Enxergar além dos olhos. Prestar atenção: nas pessoas, nas coisas, no ambiente ao redor. Fazer uma tatuagem. Estrela ou borboleta? No pé ou na nuca? Desacelerar e terminar tudo o que eu começar a fazer, mesmo que não fique um primor. A sensação de dever cumprido é o que valerá. Deixarei de ser tão exigente? Ajudar o próximo (isso inclui lavar a louça do almoço de domingo para a minha mãe). Ser mais pontual: no relógio e no que eu digo. Diminuir os parênteses e as interrogações. Aumentar as vírgulas e exclamações. Usar o ponto final de forma precisa e lembrar que, às vezes, as reticências dão conta de tudo. Parar de escrever blá, blá, blá por aqui. Vou conseguir? E o primordial: acordar todos os 365 dias de 2011, se não...
Sem mais para o momento, que venha o velho ano novo!

* Aviso esse post ainda não é sobre o ano novo. Ele merece algo mais poético e menos confessional.

17 de novembro de 2010

Amortecedor às avessas

O amor tece a dor
O amor tece
O amor

Amortecer a morte?
Doar a dor?
Ceder ao amor?

A dor tece o amor
A dor tece
A dor

Adormece a dor no amor?
O amor doa a cor?
A morte cede?

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3 de novembro de 2010

“Corra Forest, corra !”

Sabe quando você vê todas as pessoas zanzando pela rua e, sem exceção, sabe que elas são e estão melhores que você? Quando você quer fugir, se esconder, sumir, ir deixando de ser aos pouquinhos? Quando nada importa? A sensação de correr sem destino? Fugir para as montanhas? Sabe? Então...

"Quem vai me trazer à tona para respirar,chamar meu nome ou me escutar?" - parafraseando Hebert Viana