30 de janeiro de 2011

Asas

A menina queria saber voar. Era o seu maior sonho. Poder sentir o vento percorrer todas as fibras do seu corpo. Plainar na imensidão azul dos céus. Azuis de vários degradês. Enxergar o quanto a existência é mínima e, paradoxalmente, grandiosa. Sabia ser um desejo inatingível e por isso, tinha inveja dos pássaros. Eles não precisavam de simulação para sentir. Por não conseguir tirar os pés da terra, sua mente vagueava além das nuvens. E, nessas horas, o sorriso que brotava em seu rosto era o mais puro. Com gosto de algodão. Suas asas alçavam o voo da liberdade com borboletas no estômago. Irresistíveis.

6 de janeiro de 2011

Vinte e 5

Assim que percebi, já estava tola e só. Lidei com o sentimento, alegria e tristeza, um misto sem fim. Fingi que esqueci, que não tô nem aí. Risquei seu nome, porque você sempre some, tentei fugir. Estava tudo errado e eu não mando em nada, não esqueci. Decidi mudar, tentei falar e então não me ouviu. Ou eu sou mesmo louca, ou você tá escondido, porque o amor é um perigo e eu não tô mais aguentando, vou ficar por aqui.