Posso passar anos sozinha que não vou me conhecer. Não me permito. Na verdade, tenho medo. É dolorido, penoso olhar para o avesso de mim. Não sei o que posso descobrir. Todos nós guardamos o mistério de ser, simplesmente, nós mesmos. E é isso que me aflige. Certo quem disse que feliz é aquele que vive na ignorância de não se saber. Eu vou por esse caminho, o mais fácil. Uma fraqueza, admito. Ainda me falta a coragem.
30 de junho de 2012
20 de junho de 2012
10 de junho de 2012
Perda
Fiquei arrasada. Essa é a verdade. Impressionante a
fragilidade da natureza humana. E tudo aconteceu tão depressa. Não fazia uma
semana e estava tudo bem. Palavras encadeadas. Sentenças formuladas de forma
compreensível. Agora não mais. Palavras soltas, visão escura. Os traços de um
passado sofrido permanecem difusos na memória. No que resta de uma memória. De
que servem as lembranças? Os momentos compartilhados? Se perderam na teia do
tempo. O amor, esse continua. Sem distinção. Em todo o momento nos enchia de
beijos, abraços, carinho. A fé também. Inabalável. Reverberada em várias graças
a Deus. A nós, cabe a tristeza e a paciência. A convivência com uma doença de
nome impronunciável. A dificuldade de enxergar a finitude lenta de uma pessoa que
é a própria bondade.
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