Sensação de que estou maior do que caibo em mim. Em loop.
Porque meu corpo parece não saber se acomodar mais às nuances e dúvidas dos
diversos sentimentos que, de uma hora para outra, vieram me sufocar. Fazia
tanto tempo... Estava com os ouvidos, olhos, boca e coração fechados. Devia ter
continuado assim. Mas, as barreiras eram imaginárias. E, por não serem
concretas, resolveram desabar. Nesse domingo frio. Nessa noite melancólica.
Nessa mesmice que parece mais uma prisão perpétua. Nessa minha teimosia em não
agir. Nessa necessidade de querer entender o que não tem explicação. Passa a
vida, passa o tempo, passa... Passa tudo diante de mim. Só eu que não acompanho o
passo.
“Fechei os olhos e pedi
um favor ao vento: leve tudo que for desnecessário. Ando cansada de bagagens
pesadas. Daqui para frente apenas o que couber no bolso e no coração”. - Cora
Coralina.
Assim seja.
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