8 de setembro de 2013

Inércia

Sensação de que estou maior do que caibo em mim. Em loop. Porque meu corpo parece não saber se acomodar mais às nuances e dúvidas dos diversos sentimentos que, de uma hora para outra, vieram me sufocar. Fazia tanto tempo... Estava com os ouvidos, olhos, boca e coração fechados. Devia ter continuado assim. Mas, as barreiras eram imaginárias. E, por não serem concretas, resolveram desabar. Nesse domingo frio. Nessa noite melancólica. Nessa mesmice que parece mais uma prisão perpétua. Nessa minha teimosia em não agir. Nessa necessidade de querer entender o que não tem explicação. Passa a vida, passa o tempo, passa... Passa tudo diante de mim. Só eu que não acompanho o passo.


“Fechei os olhos e pedi um favor ao vento: leve tudo que for desnecessário. Ando cansada de bagagens pesadas. Daqui para frente apenas o que couber no bolso e no coração”. - Cora Coralina.

Assim seja.

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