4 de março de 2010

Dante, Dante, até quando?

Outra vez está atrasado. Entorpecida espero sua chegada. Uma sensação de êxtase toma conta do meu corpo. Já não consigo formular raciocínios racionais e sei que mais uma vez vou responder qualquer coisa às suas perguntas, assim como não darei conta de dizer o que quero.Eu até ensaiei.
Como ainda posso gostar tanto de você se na minha memória existem apenas palavras e algumas imagens turvas do belo sorriso em seu rosto? Como posso sofrer tanto com sua ausência se nunca tive, de fato, sua presença?
Talvez seja por ter certeza de que nossos destinos sempre estiveram ligados.
Depois de um longo tempo, estou aqui, novamente esperando por você. Quis o acaso ou destino, tanto faz, que fosse hoje. Exatamente um ano após nosso primeiro encontro que não aconteceu. Você liga e diz que está a caminho, havia se confundido. Estava exatamente onde deveria nesse mesmo dia, porém no ano anterior.
Meus pensamentos voam e não sei mais o que espero e porque estou aqui. Vigio o retrovisor. De repente uma voz me assusta. Você chegou e eu logo compreendo por que ainda insisto nisso tudo. O que eu esperava ali? Você. É exatamente o que espero. Meu coração acelera, mas me controlo. O brilho de seus olhos negros secam as lágrimas que quiseram brotar dos meus. O seu sorriso continua encantador.
Nos abraçamos e perco um de meus brincos. Tudo bem. O papo é agradável, mas apenas casual. A timidez atrapalha ambos. Sinto que assim como eu, você tem mais coisas a dizer. Mas o tempo é curto e o resto dos convidados se achegam.
Estou de novo no jogo das entrelinhas, das indiretas, dos poemas escritos, não lidos e do esperar constante. Tento agora decifrar seus códigos. Torço para que dessa vez isso termine logo. Com um final feliz. Ou não.

Baseado no texto “ Um grande amor”, do site http://umpoucodenada.com.br

2 comentários:

  1. Nao conheço vc muito menos esse dante, mas se isso ai aconteceu de verdade, vou te dar um conselho de homem.. parte pra outra, ele nao te merece e so quer fazer hora, e parabens pelo seu texto, muito bom mesmo!

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  2. Hahaha... oi Bárbara, eu também não te conheço, mas diante do conselho do anônimo masculino e se de fato isso aconteceu como descreve em seu belo texto, preciso dar meu conselho feminino... Vai em frente. Da vida só levamos os bons momentos vividos! Beijo

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